segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Pilates X Famosos!!

Veja o depoimento de alguns famosos que aderiram ao Pilates!!!






Parto sem dor


Relaxe, mamãe: dar à luz não é mais sinônimo de sofrimento.

Que mulher nunca sentiu um frio na espinha ao pensar em como seria o nascimento de seu filho? Para algumas futuras mamães, o medo de sentir dor na hora do parto é tão angustiante que, não raro, a idéia de fazer uma cesariana, mesmo sem necessidade real, torna-se tentadora. Mas podemos dizer que esse temor feminino é quase infundado. Ao contrário do que acontecia com nossas avós, hoje contamos com outros métodos que facilitam a chegada do bebê ao mundo e reduzem muito a dor física, tornando o parto muito menos traumático para a mãe e para a criança.

No trabalho de parto há progressivas contrações do útero e dilatações do colo uterino, o que faz com que a intensidade da dor aumente e diminua constantemente. De fato, parece um sonho viver este momento único e mágico sem preocupações, dar à luz ao seu filhote sem aqueles gritos e expressões de sofrimento que fomos acostumadas a ver no cinema e na TV, não é? E a possibilidade é real.

O ginecologista e obstetra Alexandre Pupo Nogueira, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, afirma que o parto normal sem dor não só é possível, como deveria ser a regra para todas as mães que assim o desejassem. Mais: dá para escolher como isso será feito. Segundo o médico, os métodos em que se minimizam as dores podem ser lúdicos, de bem-estar ou medicinais.

“O terceiro trabalho de parto, também em casa, foi bem dolorido e intenso, mas ficar embaixo do chuveiro foi fundamental. Assim que minha filha nasceu, não senti mais nada”

De forma lúdica, todo o trabalho de parto é feito como se fosse um momento de relaxamento da mãe. Existe o parto em banheira de hidromassagem, presente em algumas das maternidades, ou aquele em que a mulher senta-se sobre grandes bolas de borracha macias, por exemplo. Há os métodos que promovem maior humanização. O obstetra explica: "Esse tipo de procedimento conta com acomodações que lembram mais um quarto do que um hospital, camas ergonômicas, equipe médica e enfermeiras dedicadas ao acompanhamento do trabalho de parto, que se identificam e gostam desta tarefa", diz. As mães que preferirem ainda podem ter a companhia de doulas, mulheres que são acompanhantes de parto profissionais, responsáveis por levar maior conforto físico e emocional.

Parto humanizado

O anestesiologista Cássio Régis, criador do site Parto Sem Dor conta que uma das formas de se fazer o parto humanizado sem sofrimento é com o método psicoprofilático ou Lamaze, desenvolvido nos anos 50 por especialistas russos e aprimorado pelo médico francês Fernand Lamaze. "Infelizmente, essa prática foi sendo deixada de lado por exigir muito tempo e treinamento mental e físico da gestante. É preciso fazer exercícios de respiração e relaxamento, e exercícios perineais durante o pré-natal. E para aprender tudo isso deve-se buscar pessoas que saibam a técnica", comenta o médico.

Um dos princípios do parto psicoprofilático é estimular a participação ativa e completa da mulher neste momento de sua vida, ensinando-a a equilibrar seu cérebro, a adaptar-se e a ter controle sobre si.

A psicóloga Andrea de Almeida Prado, de 37 anos, é doula e defende o chamado "parto natural", sem intervenções e apenas com o acompanhamento do obstetra, muitas vezes feito em casa mesmo. Dois de seus três filhos nasceram assim e ela garante que, apesar de ainda ter sentido algumas dores, a decisão pela método mais humanizado foi recompensadora. "O primeiro parto foi no hospital, induzido e com injeção anestésica só no final. Senti dor. O segundo foi em casa, sem indução nem anestesia. As contrações incomodaram na última meia hora, mas não me lembro do parto como sendo doloroso. A alegria foi muito grande. O terceiro trabalho de parto, também em casa, foi bem dolorido e intenso, e ficar embaixo do chuveiro foi fundamental. Assim que minha filha nasceu, não senti mais nada. Valeu a pena, estava com meu marido e uma profissional em quem confiava", relata Andrea, que é uma das idealizadoras do site Amigas do Parto.

De acordo com ela, existem várias técnicas que ajudam a aliviar a dor no parto natural. "Em primeiro lugar, a mulher precisa sentir-se segura e bem amparada. Massagem pode ajudar, especialmente na lombar. Entrar no chuveiro ou na banheira também é muito bom, assim como movimentar-se à vontade, experimentando qual a melhor posição... E respirar bem, naturalmente", diz. Por isso, quem costuma praticar yoga, por exemplo, sabe que terá vantagens na hora de parir seu filho.

Andrea ainda ressalta que o local onde o bebê irá nascer é capaz de influenciar as sensações da mãe: "Um ambiente em que a mulher fique estressada vai aumentar sua percepção da dor. Barulho, gente estranha em volta, tudo isso pode atrapalhar. Um lugar calmo, tranqüilo, onde ela se sinta segura é o ideal. A mulher precisa se sentir respeitada", destaca a psicóloga.

Por fim, existem os métodos medicinais, que envolvem o uso de medicação para aliviar a dor, como antiespasmódicos e, nos casos em que a dor torna-se mais intensa, a analgesia. Vale frisar que analgesia é diferente de anestesia, que ocorre na cesariana.

"A analgesia não busca a completa remissão da dor, mas sim o alívio para níveis suportáveis pela paciente. É, portanto, bastante individualizada, pois cada pessoa tem um limiar diferente de dor. Para isso, utiliza-se a técnica peridural com a colocação de um catéter (um tubo fino de material plástico), pelo qual injeta-se, em doses contínuas ou eventuais, o medicamento analgésico em quantidade adequada a cada paciente", esclarece Alexandre Pupo Nogueira, acrescentando que a analgesia pode ser requisitada pela paciente durante o trabalho de parto ou, em situações especiais, pelo médico.

“Doses elevadas de anestésico podem levar à parada completa das contrações e, com isso, provocar a cesárea. Por este motivo, certifique-se de que seu médico tem um anestesista ou serviço de anestesia com experiência no assunto”

Para o anestesiologista Cássio Régis, é perfeitamente viável fazer com que a grávida não sinta nenhuma dor com a analgesia, principalmente se aliada aos métodos humanizados. O procedimento mais avançado hoje é a analgesia combinada raquiperidural, em que há a aplicação de anestesia nas costas. "É o quadro de dor da mulher que determina quando será a aplicação, que pode ser feita a qualquer instante. O efeito analgésico dura de duas a três horas, mas pode haver novas aplicações se necessário. A paciente fica totalmente acordada e confortável, pode andar, conversar, e sente as contrações normalmente", observa Cássio, que lamenta apenas que o método não seja disseminado no país e que não haja médicos suficientes para fazê-lo na rede pública de saúde. "Todas as mulheres deveriam ter a acesso a um parto tranqüilo", opina.

É importante verificar com antecedência quem são aqueles que conduzirão o parto. O anestesista deve ser um profissional experiente. A medicação, quando bem administrada, reduz as dores sem prejudicar as contrações, necessárias para que o bebê nasça. "Doses elevadas de anestésico podem levar à parada completa das contrações e, com isso, provocar a cesárea. Por este motivo, certifique-se de que seu médico tem um anestesista ou serviço de anestesia com experiência no assunto", ressalta o obstetra Alexandre Pupo Nogueira.

Melhor também no pós-parto

Com as técnicas descritas, é possível ter um parto normal com mínima dor e, eventualmente, até com ausência total de dor - havendo apenas a percepção pela paciente de que o útero está contraindo. "Qualquer mulher sem distúrbios de coagulação do sangue e sem doenças cardíacas importantes pode optar por esse método. Acho que todas as mulheres que não querem enfrentar o trabalho de parto 'ao natural' - ou seja, sem nenhum tipo de intervenção médica, salvo em casos de emergência - deveriam ter à disposição a opção do parto sem dor. Isto é humanizar o parto, trocar o sofrimento pela alegria de poder curtir todas as etapas do nascimento de seu filho", defende Alexandre.

O pós-parto, segundo Alexandre, acaba sendo melhor depois disso tudo: "Muito menos estafante, com menor risco de rejeição da criança pela mãe e menor risco de depressão pós-parto. A amamentação ocorre mais rápido, pois a mente da mãe estará tranqüila", conclui.

No parto natural, inclusive, não há a episiotomia, o corte do períneo que é comumente feito em hospitais para aumentar o espaço de saída do bebê. Sem esse procedimento, não há necessidade de pontos no local, eliminando a dor decorrente e possíveis incômodos futuros. Buscar este e outros tipos de informação, bem como um pré-natal adequado, é essencial para acabar com todo o receio e mitos que rondam a gravidez e o parto.

"Nunca sabemos exatamente como será nosso parto e isso nos deixa com medo. Mas com informação e preparação, é possível encarar com tranqüilidade. Cercar-se de pessoas queridas e de profissionais em quem confiamos é fundamental. Acreditar que somos capazes de parir também. A dor existe, faz parte, mas não significa necessariamente sofrimento. Um bom parto não é um parto sofrido. E sentir nosso filho nascendo é uma experiência única, um privilégio", argumenta Andrea Prado.

Fonte: msn.bolsademulher.com

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Nosso Mestre!!

Achei lindooooooooooooooooooo esse video..
Não pude resistir...
Roubado do blog da Silvia Gomes Instrutora de Pilates
"Já fomos este mestre, vamos resgata-lo?"

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Musculação vaginal dá mais prazer e evita problemas de saúde


Eletroestimulação, cones, monitoramento e exercícios de contração vaginais, e em alguns casos, anais. Calma, não se trata de métodos eróticos ou pornográficos, nem de produtos vendidos em sex shop. Tais procedimentos são utilizados no trabalho de fortalecimento chamado de musculação íntima, indicado para quem tem problemas de flacidez muscular na região do períneo (região entre a vagina e o ânus) e que deve ser indicado e acompanhado por profissionais.

E se a pergunta é se o método ajuda na obtenção de mais prazer, a resposta é "sim, ajuda". "Quando tem orgasmo, há uma contração involuntária dessa musculatura e, se está mais trabalhada, a resposta sexual é mais adequada teoricamente", disse a ginecologista, obstetra e uroginecologista Márcia Salvador Géo, do Hospital Mater Dei, de Belo Horizonte.

A confeiteira Cibele Ramos Lage, de 47 anos, garante que, na prática, dá certo mesmo. O prazer aumenta. Ela começou a utilizá-lo após sofrer por três anos com o incômodo da incontinência urinária. Normalmente, não conseguia segurar a urina quando tossia ou ria. Tinha flacidez do períneo e, para evitar uma cirurgia, sua médica recomendou exercitar os músculos da região com o auxílio da fisioterapia. Ela acreditava que a ginástica íntima não daria resultado, mas funcionou.

Exercícios fundamentais - Enquanto há mulheres que subestimam - até por preconceito - os benefícios dessa musculação na prevenção de problemas ligados à área do períneo (também chamada de assoalho pélvico), muitas outras ao menos sabem da existência da possibilidade. E a repetição da contração correta dessa musculatura é fundamental a todas pelo menos em algum momento da vida, como esclarece a fisioterapeuta Elza Baracho, coordenadora do serviço de fisioterapia da Uromater do Hospital Mater Dei e professora da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.

"Se não o exercita, pode provocar a ruptura de alguns ligamentos que sustentam órgãos como útero, bexiga, reto e uretra. Quando eles perdem o local ideal, perdem a função e podem surgir incontinência urinaria, incontinência fecal, alguma disfunção sexual ou frouxidão vaginal, o que leva a perder gases involuntariamente pela vagina, algo constrangedor por conta do barulho. Algum órgão também pode até sair e ficar exposto, sujeitando-se à úlcera e a infecções", disse a médica Márcia.

A médica explica que o trabalho muscular é similar ao ato de interromper a urina. Não existe uma quantidade de repetições ideal de contração, porque depende de cada paciente. Ao contrário da falsa ideia de que a mulherada tem de aderir a essa malhação sozinha, Márcia avisa que é importante contar com a orientação de um profissional, evitando que o exercício seja feito incorretamente. Portanto, a proposta é similar à das academias convencionais, que contam com professores de educação física para criar as séries de exercícios de cada aluno e ensiná-los como cumprir a meta.

Contraindicação -Além disso, é importante ressaltar que a malhação íntima não é indicada em alguns casos, segundo a fisioterapeuta Elza. "Quando o músculo já é muito forte, também não é bom. Se não for necessário e fizer o exercício, pode trazer prisão de ventre, retenção de urina, dor no ato sexual. Para esses casos, existem exercícios com o intuito de alongar e relaxar, recomendados individualmente por um fisioterapeuta."

Vale lembrar que há um grupo de risco para o enfraquecimento do períneo. É composto por grávidas e pessoas com peso elevado, que entraram na menopausa ou na terceira idade. Não hesite em tirar dúvidas sobre o assunto com o ginecologista.

Como prevenir é sempre melhor do que tratar, a uroginecologista lista o que prejudica a questão: estar de mal com a balança, carregar peso, exercícios de alto impacto, esforço evacuatório crônico e tosse crônica.

Fisioterapia -Depois de adiar o início da fisioterapia por um ano, a confeiteira Cibele rendeu-se à proposta da médica no começo de 2009. Já sentiu uma diferença positiva na metade das dez sessões recomendadas.

Para adquirir a consciência da musculatura, contou com o auxílio do biofeedback, treinamento realizado com instrumentos que monitoram a contração muscular. "Era introduzida uma sonda na vagina e eu fazia alguns exercícios de contração, enquanto o computador media a força do movimento."

Também se beneficiou da eletroestimulação vaginal, que consiste em uma sonda ligada a um aparelho que emite correntes elétricas, indicada em casos de incontinência urinária. "Sentia alguns choquinhos dentro da vagina." Atualmente, faz acompanhamento periódico com um profissional e exercita-se em casa.

Entre os auxílios da fisioterapia, de acordo com Elza, estão os cones vaginais (dispositivo com pesos diferentes que é introduzido na vagina e busca fortalecer o músculo) e a eletroestimulação anal (para quem apresenta incontinência fecal).

Cirurgia-Quando a musculação não reverte o problema, normalmente porque já houve a ruptura dos ligamentos do assoalho pélvico, a solução é a cirurgia. A proposta consiste em corrigir a anatomia ao mesmo tempo em que estabelece novamente a função do órgão prejudicado.

Fonte: Terra

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Pilates na Gestação!!

Matéria super legal sobre Pilates na Gestação!!! Vale a pena conhecer!!!
É o exercicio mais completo para essa fase tão especial, além de preparar o abdomem e o períneo tanto para o parto normal quanto para cesariana.
Sempre dando preferencia a profissional qualificado em Obstetricia! Pois esta fase requer vários cuidados especiais!!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Pilates uma alternativa para tratar e previnir a Incontinencia Urinária



O assunto ainda é tabu e não é facil assumir o problema. Necessidade de ir ao banheiro imediatamente, perde de urina durante o sono ou depois de algum esforço como tossir ou pegar peso, não perceber que a bexiga está cheia são situações mais comuns do que se imagina, experimentada por 15 a 30% das pessoas acima de 60 anos. Além de remédios e intervenções cirurgicas convecionais, o pilates pode ser uma alternativa de tratamento e prevenção a incontinencia urinaria ao trabalhar e fortalecer a musculatura pélvica o que favorece um maior controle sobre o fluxo da urina.
No Canto do Corpo, Rio de Janeiro, os alunos tem a chance de, na aula de pilates, trabalhar mais as regiões de abdomen e pélvica, especialmente o períneo ( área entre o anus e a uretra). Segundo a Fisioterapeuta Renata Maciel, o principal objetivo é ativar e fortalecer o assoalho pelvico que faz o controle dos esfincteres.
- Pode-se ter excenlentes resultados quando se utilizam exercicios especificos para musculatura do assoalho pélvico, adquirindo maior controle da urina. Essa musculatura tem um grande enfoque dentro do pilates, junto com a musculatura profunda do abdomen e o diafragama, formando nosso centro de força e estabilidade- explica a Fisioterapeuta.
Embora atinja todas as idades e ambos os sexos, as mulheres estão mais suscetíveis a doença, apresentando uma probabilidade 2 vezes mais de desenvolve-la. Entre pessoas acima de 70 de anos, 50% das mulheres já tiveram algum episódio de Incontinencia Urinária. A musculatura mais forte, a uretra mais longa e a pressença da prostata contribuem para índices mais baixos entre os homens.
- É complicado saber o número exato de pessoas que tem a doença, pois uma das caracteristicas é a vergonha de se procurar um tratamento. As pessoas também se conformam com o problema, por acharem que é mal comun da velhice e que, portanto, deve-se aprender a conviver com ele. É importante frisar que a Incontinencia é uma perda na qualidade de vida e que ela pode ter curar- diz Renata.
A perda de urina pode ocorrer após pequenos esforços com o abdomen como tossir, espirrar, correr, rir,pegar peso, levantar ou até mesmo andar. Neste caso a disfunção é chamado de Incontinencia Urinária de Esforço. Uma outra condição, chamada de Incontinencia Urinária de Urgencia, se manifesta quando a bexiga está hiperativa, ou seja, apresenta contrações involuntarias, o que leva a incomoda situação de não se conseguir chegar ao banheiro a tempo.
As causas são as mais variadas: pode ser consequencia de um pós operatório, de uma infecção urinária ou doenças envolvendo nervos e musculos como a esclorese múltipla, distrofia muscular, poliomelite e acidente vascular cerebral- ou até mesmo pela prisão de ventre. Pode ainda ser efeito colateral de medicamentos ou pela fraqueza de certos musculos da região pélvica, hiperatividade do musculo da bexiga, problemas congenitos, aumento da prostata, lesões da coluna espinhal. Não é raro haver a associação destes fatores.
Fonte: O Globo
Lembrando que é necessário uma avaliação uroginecologica por profissional Fisioterapeuta especializado em Saude da Mulher ou em Uroginecologia, pois há casos em que o pilates é um tratamento complementar, sendo necessario o uso de eletroestimulação para conscientização da contração correta do períneo!!

Mastectomia X Pilates

Saiba como a Fisioterapia pode ajudar no pós-operatório das cirurgias de mama.
Infecção, linfedema (inchaço no braço), limitação da capacidade funcional do braço e do ombro, dor e parestesia (sensação de formigamento, picada, queimadura) são alguns dos efeitos físicos e motores decorrentes da cirurgia de mama: mastectomia (cirurgia para retirada da mama antes do desenvolvimento do câncer) ou quadrantectomia (retirada apenas de um dos quatro quadrantes da mama).

A recuperação funcional pode causar uma tensão a mais. O medo de sentir dor e a possibilidade de uma incapacidade fazem com que algumas mulheres apresentem dificuldades na realização dos exercícios de recuperação´, descreve a fisioterapeuta Mônica de Castro Cavalcante, graduada pela Universidade de Fortaleza (Unifor), diretora da Clínica Xavier de Castro/Fisiosaúde.

No caso da paciente mastectomizada, afirma a fisioterapeuta que assiste há 15 anos mulheres com câncer de mama , ´a postura corporal tende a sofrer ainda mais, principalmente caso a paciente tenha uma mama grande e pesada. Com a cirurgia (e ausência do peso da mama) fará com que o ombro (do lado operado) se eleve e gire internamente, abduzindo a escápula e provocando uma contratura muscular da região cervical e dor´.

A atuação da Fisioterapia é vital no sucesso do tratamento, desde o pós-operatório imediato (P.O.I.) ao acompanhamento sistemático na prevenção e tratamento do linfedema (´inchaço do braço), quando é realizado esvaziamento axilar. Quando não é possível uma reconstrução mamária imediata (no ato cirúrgico), ´o profissional de Fisioterapia acompanha a adaptação de próteses externas, uma vez que, a falta ou extirpação da mama ocasiona um prejuízo não apenas estético, como postural.

O programa de reabilitação inclui massagens de drenagem linfática, enfaixamento compressivo, malhas de compressão e exercícios. ´A drenagem linfática dilata os canais tissulares, favorecendo a formação de neoanastomoses linfáticas, estimulando o trabalho dos capilares linfáticos e a motricidade dos linfáticos. Também promove o relaxamento e/ou diminuição da densidade do tecido conjuntivo alterado´, descreve Mônica Cavalcante.

A bandagem compressiva é também parte essencial no tratamento do linfedema. Segundo Mônica Cavalcante, a aplicação da bandagem deve ser feita juntamente com a drenagem linfática, cuja finalidade é manter o membro superior com menor volume possível. ´É particularmente necessária, pois reduz a pressão hidrostática do sangue para os tecidos, aumentando o prolongamento dos ramos linfáticos´.

Pesquisas

Segundo estudos recentes, há relatos de mastectomizadas que sentem dor na região cervical e cintura escapular. Dentre as causas mais freqüentes de dor, afirma Mônica Cavalcante, podemos citar: a proteção muscular reflexa, que produz dor e espasmo muscular na região cervical e ombro; sensibilidade alterada da musculatura da cintura escapular, podendo restringir a musculatura ativa do ombro; diminuição no uso do ombro superior envolvido após a cirurgia, predispondo ao surgimento do ombro congelado crônico, além de aumentando a probabilidade de linfedema no membro.

A Osteopatia é outro aliado no processo de recuperação física. Durante o pós-operatório, a dor pode levar a diferentes graus de limitação de movimentos, que poderão intervir na dificuldade de movimentação do membro superior homolateral.

No âmbito das alterações indesejáveis da postura, o tratamento pode incluir om uso da Reeducação Postural Global (RPG), método que consiste em um conjunto de técnicas manuais analíticas e globais. São manobras de mobilização das regiões hipomóveis; para conscientização das mudanças posturais, entre outras. Mas com o objetivo de corrigir as adaptações e as compensações de forma a tratar as causa e não os sintomas.
Manobras ajudam a manter a forma

A aplicação de drenagem linfática atua na recuperação das cirurgias de mama (mastectomia e quadrantectomia) de forma preventiva no tratamento dos inchaços nos membros, problemas relativamente comuns em cirurgias desse porte. O objetivo, segundo destaca a fisioterapeuta Mônica Cavalcante, é manter o membro homolateral o mais próximo do normal, não permitindo assim que o linfedema se instale e os movimentos da paciente fiquem ainda mais comprometidos.

A fisioterapeuta ressalta a necessidade de se conhecer bem a classificação para o linfedema. Segundo a classificação vigente, o inchaço pode ser do tipo primário (que ocorre logo após a cirurgia); secundário (que pode surgir meses ou até mesmo anos após a cirurgia de mama); agudo (normalmente amenizado durante o período de descanso); e o crônico (que tem uma permanência maior, que pode durar por cerca de três meses, acrescido de alterações na pele).

Muitas das manobras fisioterápicas consistem na manutenção e ganho da amplitude de movimentos, permanência da força muscular, prevenção de inchaços, diminuição de algias, alongamento; ou seja, a realização de todos os movimentos possíveis, de forma a respeitar a capacidade do paciente.

FIQUE POR DENTRO

Pilates: um aliado no tratamento convencional

A aplicação do método Pilates não se restringe aos aspectos curativos e de reabilitação da paciente, mas principalmente na prevenção de complicações e seqüelas decorrentes do tratamento. O método gera benefícios físicos e mentais, assim como bem-estar e qualidade de vida para as mulheres mastectomizadas.

Muitos são os objetivos: prevenir complicações respiratórias, circulatórias e osteomioarticulares; manter a amplitude do movimento e da força muscular; prevenir o linfedema; diminuir as algias; promover a conscientização postural, o relaxamento e o alongamento; e melhorar a movimentação global.

O método foi elaborado no começo do século XX pelo atleta alemão Joseph H. Pilates como um sistema de exercícios para melhorar a flexibilidade, consciência corporal, equilíbrio e força, sem a hipertrofia muscular. Pilates acreditava que o estilo de vida moderno, má postura corporal e respiração ineficiente ocasionavam saúde ruim.

Fonte: Diário do Nordeste